terça-feira, 21 de abril de 2015

ADOÇANTES OU EDULCORANTES        


Olá Pessoal!!

O assunto de hoje é uma continuação do último post, só que hoje iremos falar sobre alguns adoçantes. Vamos tentar esclarecer mais sobre esses alimentos utilizados para adoçar bebidas ou preparações.Vamos lá?!

Edulcorantes são substâncias diferentes dos açúcares e com poder adoçante muito superior ao da sacarose (açúcar comum). Eles são classificados em naturais e artificiais e/ou sintéticos. Os naturais são obtidos sem reações químicas, a partir de plantas ou de outros alimentos. Os artificiais ou sintéticos são obtidos de produtos naturais ou não, através de reações químicas apropriadas.
 
O adoçante artificial é uma mistura de um ou mais edulcorantes capaz de conferir sabor doce aos alimentos. Esta mistura é feita porque o “blend” potencializa o poder do adoçante e mascara o gosto amargo residual de alguns dos edulcorantes. Existe um grande número de compostos capazes de produzir o sabor doce, entretanto só alguns (naturais ou artificiais) são permitidos pela legislação para serem adicionados aos alimentos.



Lembrando que o uso de qualquer tipo de adoçante deve ser acompanhado por um Nutricionista, pois ele deve ser determinado respeitando a individualidade e necessidade de cada indivíduo. Se ainda tiverem dúvida eu recomendo ler a Resolução RDC nº 18, de 24 de março de 2008, ela dispõe sobre o seu uso e as quantidades máximas recomendadas.

Vamos compreender um pouco mais sobre alguns desses adoçantes e/ou edulcorantes.
 
Naturais
Dextrose e Maltodextrina
São extraídas do milho e tem ampla utilização na indústria alimentícia. Poder adoçante de 50 a 70% maior que o da sacarose. Valor energético: 4 Kcal/g. Muito utilizado como diluente nos adoçantes artificiais.

Frutose
Encontrado nas frutas e no mel. Valor energético: 4 Kcal/g, mas por seu poder adoçante ser 170 vezes maior que o açúcar acaba sendo pouco calórico. Sabor semelhante ao do açúcar. Uso industrial: gelatinas, pudins, geleias. Estudos recentes revelaram que a frutose ingerida juntamente com as refeições não altera a glicemia e, portanto, pode ser consumida com moderação por diabéticos.

Lactose 
A lactose é extraída do leite, sendo muito utilizada em adoçantes de mesa. O seu poder adoçante é 15% maior que o da sacarose. Valor energético: 4 Kcal/g.

Manitol, Xilitol, Sorbitol
São obtidos a partir da redução da glicose (sorbitol) e da frutose (manitol) e pela hidrogenação da xilose (xilitol). Poder adoçante é de 50 a 70% maior que o da sacarose. Valor energético: 4 Kcal/g. Tem sabor semelhante à sacarose. Não alteram a glicemia. São amplamente utilizados na produção de gomas de mascar e balas, pois não causam cáries.

Stévia e Truvia
Extraída da Stévia, uma planta. Descoberta em 1905 e industrializada a partir de 1970. Bastante utilizada no Japão, foi liberada pelo FDA em dezembro de 2008. O seu poder adoçante é 300 vezes maior que a sacarose. Não é calórico, tóxico e nem é metabolizado pelo organismo. Seu uso não é maior devido a sabor residual amargo. Truvia é feita utilizando-se a parte mais doce da folha da Stévia, atualmente está sendo utilizada por uma marca de refrigerantes em vários de seus produtos dietéticos.
Artificiais ou Sintéticos
 
Acesulfame K
É um sal de potássio sintético produzido a partir de um ácido da família do ácido acético. Foi aprovado pelo FDA em 1988. Poder adoçante é de 180 a 200 vezes maior que o do açúcar. Não possui calorias, não tem sabor residual, não é metabolizado pelo organismo (é eliminado tal como ingerido). É estável em altas temperaturas, o que facilita a sua utilização em preparações de forno e fogão. Tem apresentações em pó ou líquido, geralmente associado a outros edulcorantes. É bastante utilizado pela indústria, principalmente em bebidas, chocolates, geleias, produtos lácteos, goma de mascar e na panificação.

Aspartame
É um Éster Metílico do L-Aspartil--L-fenilalanina, metabolizado no trato gastrointestinal em 2 aminoácidos: ácido aspártico (40%) e fenilalanina (50%) e em metanol (10%). Poder adoçante é 200 vezes maior que o do açúcar. Valor energético médio: 4Kcal/g. Perde o sabor em temperaturas > 100ºC. Contraindicado para portadores de fenilcetonúria (doença autossômica recessiva que acomete 1 em cada 10.000 indivíduos. Devido à ausência da enzima fenilalanina hidroxilase, que transforma a fenilalania em tirosina, há um acúmulo de fenilalanina no organismo, que ocasiona retardo mental).

Ciclamato
É comercializado desde a década de 50. Devido a uma possível associação com câncer de bexiga em ratos, foi retirada do mercado nos Estados Unidos (1969), Inglaterra (1970), França, Japão. Apesar do FDA ter concluído em 1984 que o ciclamato não é carcinogênico, ele não é comercializado nos EUA. Valor energético: 0 kcal/g. Poder adoçante é 40 vezes maior que o do açúcar. Apresenta sabor semelhante ao do açúcar, mas tem um leve gosto residual. O seu limite máximo de 400 mg/kg para ciclamato em alimentos é determinado pela ANVISA. Não perde a doçura quando submetido a altas ou baixas temperaturas e meios ácidos, sendo largamente utilizado no setor alimentício.

Sacarina
É um derivado do petróleo. Não é metabolizado pelo organismo, sendo excretado sem alterações. Valor energético: 0 Kcal/g. Poder adoçante é de 300 vezes maior que o do açúcar. É estável em altas temperaturas. Tem gosto residual amargo e metálico e, por isto, geralmente é associado a outro edulcorante, principalmente o ciclamato.

Sucralose
É o único adoçante artificial derivado do açúcar, sendo obtido a partir da cloração da sacarose. Foi desenvolvido em 1976 e aprovado pelo FDA e ANVISA em 1998. Valor energético: 0 kcal/g. Poder adoçante é 600 vezes maior que o do açúcar. Resiste a altas temperaturas, não possui sabor residual amargo, não é metabolizado pelo organismo.
Espero que tenham gostado do post,
 
Beijos e até a próxima!!

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